domingo, 28 de junho de 2009

O FIM DO MUNDO (Visão de uma Taróloga...)



Esta foi uma entrevista feita por um jornalista via email para possível publicação em Jornal da minha Região.(Não chegou a ser publicada segundo o jornalista em questão pois, havia expirado o tempo para publicar a matéria)



Tema: Fim do Mundo

Sinopse: Dizem que o mundo vai acabar em 21 de dezembro de 2012, ou seja, que um grande acontecimento transformará o mundo. A teoria vem de uma crença maia, mas também foi encampada por astecas e reforçada por previsões de Nostradamus e no livro chinês I Ching.




1 – O que você acha destas previsões, acredita?

Eu pessoalmente acredito que nosso planeta, não acabe e sim passará por transformações como conseqüências reais de ações desequilibradas do homem em relação á natureza consequentemente em relação ao Cosmos, em nome do poder e ambição, além de acreditar também nas pesquisas e descobertas científicas e astronômicas e na evolução do Cosmos e suas transformações..Segundo Willhiam Seikespere:”Existem mais coisas entre o céu e a terra do que a minha vã filosofia”
Os fenômenos são previsíveis pela lógica....(Nem Aristóteles decifrou o que seja a Lógica.... ), mais datas de previsões são difíceis de calcular com precisão isso é fato.


2 – Dentro destes presságios existe alguma verdade na análise do tarô?

O taro é uma forma de auto-conhecimento,é a jornada para um crescimento interior, é uma filosofia de vida ,também cíclica e evolutiva. É um canal que nos permite analisar e refletir sobre passado,presente futuro , orientações sobre caminhos a seguir através da bagagem simbólica, cores, imagens,numerologia, que nos desperta o inconsciente.São auto-descobertas.
Tem um inicio com a jornada do Arcano Louco e uma finalização com o Arcano Mundo que seria a último arcano dos 22 Arcanos Maiores, mas que se reinicia em um novo ciclo no Arcano Louco novamente. Não há morte ou fim propriamente dito, pois o Arcano Morte representa uma transmutação ou transformação e o Arcano Mundo é a representação do encerramento ,fechamento cíclico ou de um processo, mais não como um fim propriamente dito e sim uma retomada ou recomeço do Louco em sua jornada arquétipica de aprendizagem pela vida.

3 – A ideia de estipular uma data é para causar furor na sociedade, como aconteceu em 2000?


É uma busca de manipular as massas que são mais suscetíveis e persuasivas ou ingênuas, acredito. Como também especulação exagerada e em alguns momentos até fantasiosa pela proporção que é divulgada,provocando mesmo o medo em alguns, para que as pessoas possam chocar-se e talvez, refletir sobre as questões da morte, salvação e temas do gênero e buscar suas mudanças internas.
,podem acreditar mais rapidamente. Outras mais críticas podem duvidar ou mesmo questionar e as céticas descordarem totalmente. Há de respeitar as diferenças e as várias visões de mundo.




4 – Vários filmes já foram produzidos sobre o assunto. Sendo assim, o medo é vendável?

A analise nos faz acreditar que sim. Ou seja, por crença ou mesmo apenas como curiosidade,ou para discordar, discutir, as pessoas irão assistir..
Temas como o do “final do mundo”,mexe com o imaginário Coletivo das pessoas.
E a curiosidade ao desconhecido ou temas polêmicos sempre será um “chamarisco” e sempre serão atual.

5 – Qual seu pensamento sobre o fim dos tempos? Você acha que realmente o mundo vai acabar algum dia? Ou estas previsões são somente mais uma na gama de intuições?
. Não podemos sair por ai acreditando em todas as profecias a torta e direita.Existem mentiras,verdades e Verdades.
É necessários em alguns casos fazer uso do discernimento e algumas vezes até embasamentos teóricos, neste caso , para analisar a credibilidade ou não dos fatos e observar o sensacionalismo ou o discurso existente por trás de tal afirmação e quais interesses reais estão ocultos ai.
.
6 – Você acha que é uma constância do homem pensar no fim do mundo? Ou é a consciência pesada pela destruição que estamos a fazer no planeta?
Acredito que o homem desde os primórdios discute a Criação do mundo(Genese) e automaticamente o outro pólo, o seu fim (apocalipse) e a linha ténue entre o que seja Sagrado e o profano. Desta bipolaridade estabeleceu-se um “Mito do Fim do mundo”, para que se possa criar nas pessoas em geral, reflexões, expectativas, mudanças comportamentais e também parâmetros religiosos .
Acredito também, pois estudos arqueológicos e outros, mostram-nos que os maias, os astecas, foram civilizações evoluídas e com grande domínio das ciências. Os Maias foram os precursores e estudiosos de áreas como: astronomia, Cálculos matemáticos e mesmo outras áreas do conhecimento como medicina através de cirurgias em cérebros etc, e certamente através de estudos observavam os ciclos cósmicos, suas evoluções, conseqüências e acontecimentos e assim buscaram calcular algo que seria uma média possível, conseqüência advindas pela evolução através dos tempos do cosmos e também concomitantemente à interferência do homem através da evolução no planeta terra.


7 - O tarô consegue fazer uma análise desta data, dos acontecimentos para 2012? Poderia fazer para mim?

Eu pessoalmente não farei esse tipo de análise,pois muito ainda esta por vir e a roda continua a girar...deixemos para explorar esse tema mais adiante próximo a data...Certo?

Esta pesquisa foi feita a outros tarólogos também e cada um expôs sua forma de pensar e interagir com o tema, claro, partindo de sua visão de mundo....
Obs:
Imagem Google Search)
Beijos a todos!!!!!

sábado, 27 de junho de 2009

O TARÔ E O TARÓLOGO



A Tarô e o tarólogo


Por
Mara Rúbia Ribeiro


O tarô é conhecido como o espelho do inconsciente, pois revela a nossa realidade interior através de seus arquétipos e simbolismos. É o revelar de um novo caminho ou uma nova postura diante dos objetivo que nos propomos a seguir. Seu efeito espelho permite uma dinâmica entre os símbolos e o inconsciente do consulente permitindo o que Carl Jung chama de “Principio de conexão não-causal” que liga a psiquê do indivíduo ao mundo material formando uma só energia em duas distintas partes. Segundo o site Tarô e Simbolismo “a leitura de Tarô é somente a ponta do iceberg, o seu uso é infinito nos permitindo o desenvolvimento espiritual, autoconhecimento, equilíbrio (...) O Tarot nos fornece essas indicações, porque nos mostra novas perspectivas e enxergar além do problema”.



O responsável em levar toda bagagem racional e espiritual para o indivíduo que se dispõe a procurar o tarô como forma de se libertar da crise existencial é o tarólogo, ou seja, uma pessoa que com seu dom e dedicação faz da tarologia uma profissão que ajuda as pessoas a trabalharem o seu inconsciente induzindo-a a organizar o que há de melhor dentro de seu espírito abalado, fazendo com que as pessoas melhorem no presente o passado que ficou e organize seu futuro melhor do que o presente que está passando. O estudo do tarô é uma ferramenta que, bem usada, liberta o homem do medo e da ignorância.

Segundo Luiz Costa sobre o estudo do tarô, “Desde seu uso junto às artes divinatórias até o uso pessoal voltado para o autoconhecimento seu estudo, levado com seriedade e honestidade de propósitos, vem abrindo a mente humana e reaproximando o homem de sua Divina Fonte”. (www.luiz-costa.zip.net)
O tarólogo é aquele que, em seus estudos, observa os símbolos contidos nas cartas e a história que cada uma conta, sua mente deve estar aberta e livre de tendências externas que determinam e direcionam sua interpretação. Por isso o tarô deve ser visto como um mapa, um guia que nos leva a algum lugar onde queríamos chegar, mas não tínhamos condições sozinhos.
Segundo Sallie Nichols na obra Jung e o Tarô, “A projeção do nosso mundo interior no exterior não é coisa que fazemos de propósito. É simplesmente a maneira como funciona a psique. Em realidade, a projeção acontece de forma tão contínua e inconsciente que costumamos não dar tento de que ela está acontecendo. Não obstante, tais projeções são instrumentos úteis à conquista do autoconhecimento. Contemplando as imagens que atiramos na realidade exterior, como reflexos de espelho da realidade interior, chegamos a conhecer-nos”. (p. 26)
Desta forma o tarólogo sério buscará ser um eterno estudioso ira deslumbrar junto ao seu consulente o que existe em sua psique e buscará sem interferir em seu livre arbítrio orientá-lo dentro da ética.
Ser tarólogo além de profissão séria é uma opção de vida, pois a pessoa que aceita esta missão guarda a chave do destino de seu consulente e só a entrega, quando este se dispõe a abrir o portal que o leva a enxergar novos horizontes.

Fontes:
1. http://www.luiz-costa.zip.net/
2. http://www.sobresites.com/taro/simbolismo.htm
3. Sallie Nichols, Jung e o Tarô, uma jornada arquetípica. São Paulo, Ed. Cultrix, 1995

maio.08
Contato com a autora
Mara Rúbia Ribeiro - marab_arulla@hotmail.com ou
http://pt.netlog.com/clan/tarotnetlog
Publicado também no site www.clubedotaro.com.br

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Retornando a ativa....

Estive por um tempo desligada deste Blog mais estou retornando a Ativa.
Vamos a luta...em breve novidades!!!!!!!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

ARTIGO: MÚSICA DE RAIZ X MÚSICA SERTANEJA




MÚSICA DE Raiz X música sertaneja

Mara Rúbia Ribeiro – Historiadora
( Artigo publicado no Jornal Correio – Uberlândia – 12/06/1999)
Na época integrante do NEHAC – Núcleo de Estudos em História, Arte e Cultura – UFU –MG



“Pena Branca e Xavantinho usam linguajar próprio de “causos” que fazem parte do imaginário do povo do interior”


Existem dois tipos de cultura: a fabricada pelos meios de comunicação de massa e aquela que existe independentemente de nossa vontade e que está impregnada de crenças, costumes, sabedorias, modos de pensar e agir de nossos antepassados. A esta última chamamos de cultura raiz.
O mesmo acontece com a música. Observamos a trajetória por que passou a sertaneja “ de raiz”,”lá da roça”, até transformar-se na música sertaneja dos grandes centros urbanos.
Exemplos dito em nossa região são as músicas de Tião Carreiro e Randel, Pena Branca e Xavantinho, entre outros, que se expressam em forma de música, fazendo uso de um linguajar simples e próprio da cultura, de “causos” que aconteceram ou fazem parte do imaginário, do sentimento, dos desejos de um povo do interior de Minas Gerais onde o cerrado fazia parte do cotidiano de cada um.
Muitas pessoas se lembram ainda dos “causos” contados pelos avôs “a beira do fogão de lenha quando chegava a noite. Um “golinho” de café com pão de queijo acompanhando ou mesmo a “marvada caninha”. “Causos” estes, muitos das vezes, que se transformaram em músicas que, além de servirem para o “arrasta-pé”, contam um pouco da memória do lugar.
Mas o tempo foi passando. As crianças crescendo, precisando de estudo e trabalho. As pessoas largando suas “vidinhas” na roça e indo de encontro “a cidade grande. Tudo diferente. Também a música é diferente. É uma nova música “caipira” ou neo-sertaneja, como dizem alguns, que surgia.
Já não tem mais a pureza da voz, da viola e da sanfona. É uma música transformada em algo que foi se degenerando. A viola vira guitarra, a sanfona é trocada pelo teclado e a percussão natural lá do mato (os coachos dos sapos, o barulho das águas, o cantar dos grilos) vai sendo trocada por uma percussão artificial, feita por instrumentos sofisticados.
A indústria cultural transformou algo com brilho natural em algo parecido, mas não igual ( na verdade bem diferente). Mas a industria cultural está cumprindo seu papel, absorvendo o que era íntegro e transformando-o em condições aceitáveis aos grandes centros urbanos, na tentativa de agradar a “gregos e troianos”. Uma música “sertaneja “ de cidade, com instrumentos elétricos, é um produto para ser aceito no mercado de consumo.
Mas no fundo, no fundo, quem conheceu a verdadeira música sertaneja, a chamada “caipira”, aquela dos tempos de nossos avós,percebe que ela é a verdadeira raiz cultural do povo que, apesar das transformações e do progresso, deixa saudades...

ARTIGO: GILBERTO GIL SEMPRE PRESENTE




Artigo publicado no Jornal Correio - Uberlândia
Publicado em: 22 de julho de 1998
Mara Rúbia - Historiadora - NEADH - UFU - MG

"LIVRO LANÇADO É UMA IMPORTANTE CONTRIBUIÇÃO PARA QUE SE POSSA APRECIAR O CONJUNTO DA OBRA DE GILBERTO GIL"

Livro: Gilberto Gil Todas as Letras
Organização : Carlos Rennó – Companhia das Letras – 1996

No livro entitulado Gilberto Gil: Todas as Letras, Organizado por Carlos Rennó, com textos de Carlos Antunes e José Miguel wisnik, publicado pela Companhia das letras, oferece uma visão bastante aprofundada da obra desse importante compositor brasileiro e recentemente Ministro da Cultura do Governo do Presidente Luís Inácio da Silva (Lula).
A partir do livro é possível conhecer sua trajetória pessoal e artística, suas composições (mais de quatrocentas letras de música) que vão das primeiras canções à fase tropicalista; desta para o exílio e os três anos que se seguem à sua volta até a fase atual (década de 90).
Oitenta das letras que compõem o livro o livro são comentadas pelo próprio compositor, o que nos dá a chance de observar sua particular capacidade de abordar temáticas diversas e sua inegável criatividade em captar o mundo real e sintonizar-se com o cotidiano, como acontece na letra de Super Homem – A canção: (...)Quem sabe/ O Super-homem venha nos restituir a glória/Mudando como Deus o Curso da História/Por causa da Mulher (...).
Relacionada aos conteúdos existentes, essa obra é uma agradável coletânea de letras e fotos, contendo biografia e discografia completa. O mais importante, porém, são os comentários que o próprio autor faz a respeito da construção das suas letras e tudo isso vem arrumado por uma linguagem fácil e direta.
O material fotográfico é riquíssimo e, sem dúvida, permitirá ao leitor não só fazer uma viagem musical como também o levará a repensar o porquê das músicas de Gilberto Gil serem fundamentais até os dias de hoje.
Como se sabe, autores e críticos como Augusto de Campos, Celso Favaretto, José Ramos Tinhorão, dentre outros escreveram sobre Gilberto Gil, estudaram o tropicalismo e abordaram a música popular brasileira em geral. E por incrível que pareça , Gilberto Gil: Todas as Letras, pode enriquecer até mesmo o repertório daqueles que são profundamente conhecedores da obra do compositor.
Esse acréscimo está nos elucidativos comentários feitos por Carlos Rennó e nos relatos feitos por Gil, referentes ao processo de criação de suas músicas.
A única falha reside no fato de que a editora não anexou Cds ou fitas, principalmente para permitir a fruição das músicas mais antigas. Dessa forma, embora um pouco mais cara, a obra ficaria muito mais completa. A obra pode ser adquirida nas livrarias de todo o país. Vale a pena! Pode acreditar!

ARTIGO: GIL FAZ APOLOGIA AO IMORTAL BOB MARLEY




Livro: Gilberto Gil Todas as Letras
Organização : Carlos Rennó – Companhia das Letras – 1996

No livro entitulado Gilberto Gil: Todas as Letras, Organizado por Carlos Rennó, com textos de Carlos Antunes e José Miguel wisnik, publicado pela Companhia das letras, oferece uma visão bastante aprofundada da obra desse importante compositor brasileiro e recentemente Ministro da Cultura do Governo do Presidente Luís Inácio da Silva (Lula).
A partir do livro é possível conhecer sua trajetória pessoal e artística, suas composições (mais de quatrocentas letras de música) que vão das primeiras canções à fase tropicalista; desta para o exílio e os três anos que se seguem à sua volta até a fase atual (década de 90).
Oitenta das letras que compõem o livro o livro são comentadas pelo próprio compositor, o que nos dá a chance de observar sua particular capacidade de abordar temáticas diversas e sua inegável criatividade em captar o mundo real e sintonizar-se com o cotidiano, como acontece na letra de Super Homem – A canção: (...)Quem sabe/ O Super-homem venha nos restituir a glória/Mudando como Deus o Curso da História/Por causa da Mulher (...).
Relacionada aos conteúdos existentes, essa obra é uma agradável coletânea de letras e fotos, contendo biografia e discografia completa. O mais importante, porém, são os comentários que o próprio autor faz a respeito da construção das suas letras e tudo isso vem arrumado por uma linguagem fácil e direta.
O material fotográfico é riquíssimo e, sem dúvida, permitirá ao leitor não só fazer uma viagem musical como também o levará a repensar o porquê das músicas de Gilberto Gil serem fundamentais até os dias de hoje.
Como se sabe, autores e críticos como Augusto de Campos, Celso Favaretto, José Ramos Tinhorão, dentre outros escreveram sobre Gilberto Gil, estudaram o tropicalismo e abordaram a música popular brasileira em geral. E por incrível que pareça , Gilberto Gil: Todas as Letras, pode enriquecer até mesmo o repertório daqueles que são profundamente conhecedores da obra do compositor.
Esse acréscimo está nos elucidativos comentários feitos por Carlos Rennó e nos relatos feitos por Gil, referentes ao processo de criação de suas músicas.
A única falha reside no fato de que a editora não anexou Cds ou fitas, principalmente para permitir a fruição das músicas mais antigas. Dessa forma, embora um pouco mais cara, a obra ficaria muito mais completa. A obra pode ser adquirida nas livrarias de todo o país. Vale a pena! Pode acreditar!





ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL CORREIO - UBERLÂNDIA -
PUBLICADO EM: 06/09/2002 -
MARA RÚBIA (HISTORIADORA)- INTEGRANTE NA ÉPOCA DO NEHAC - UFU -MG

Livro: Gilberto Gil Todas as Letras
Organização : Carlos Rennó – Companhia das Letras – 1996